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“A inflação foi a narrativa da semana e o dado de varejo principalmente reforça a tese de que a economia está retomando de forma desigual, com alguns segmentos com desempenho muito bom e outros, nem tanto”, avalia Thomas Giuberti, sócio da Golden Investimentos.

Confira a análise:

Em uma sessão marcada pela divulgação de balanços locais positivos e batizada pelo alívio que trouxe aos investidores o resultado abaixo do esperado do payroll, o Ibovespa ganhou impulso para galgar no fechamento à marca dos 122.038,11 pontos, na máxima, em alta de 1,77%, a maior desde 14 de janeiro (123.480,52 pontos). Contou com bons ventos externos, tanto dos principais índices do mercado acionário global em alta – com Dow Jones e S&P 500 renovando recorde histórico de fechamento – quanto do movimento de enfraquecimento do dólar frente a moedas fortes e de países emergentes pares do real. O impulso fez com que a primeira semana de maio encerrasse em valorização de 2,64%, revertendo para ganhos de 2,54% no acumulado deste ano.

O resultado, além de decepcionar o mercado, reforçou o posicionamento do Fed de que é preciso acomodação monetária por um período extenso, como apontou hoje o presidente da distrital de Minneapolis da entidade, Neel Kashkari. “Em linha com isso, pensamos que podemos ver os mercados de câmbio se afastando das expectativas de que o Federal Reserve possa começar a se inclinar em direção a uma postura menos dovish no futuro próximo”, afirmou o TD Securities, em relatório enviado a clientes.

Também gera algum otimismo a promessa do presidente da Câmara, Arthur Lira, de detalhar o plano de trabalho da reforma tributária na semana que vem. No entanto, a ideia de fatiamento da proposta da reforma ainda gera debates e incertezas.

O índice acionário japonês Nikkei sofreu um tombo de 2,49% em Tóquio hoje, a 27.448,01 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 1,81% em Hong Kong, a 27.718,67 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 1,25% em Seul, a 3.122,11 pontos, e o Taiex registrou baixa de 1,46%, a 15.670,10 pontos, também em meio a preocupações sobre um recente surto local de covid-19.

“Se olharmos para os setores que compõem o Ibovespa, apenas o índice de materiais básicos e as exportadoras estão positivos no ano, é o que tem sustentado. Os demais estão no negativo. Vejo o Ibovespa de lado, mas com espaço para recuperação desses setores defasados no ano, que tendem a convergir de maneira mais favorável na medida em que a vacinação avançar e a economia doméstica for se normalizando. O IBC-Br do primeiro trimestre foi um bom sinal, melhorando a perspectiva para o PIB em 2021”, aponta Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset. “No primeiro quadrimestre, as ações do setor financeiro acumularam perda média de 7%, as do varejo, de 15%, e as do setor imobiliário, entre 10% e 12%. Há uma dispersão grande no desempenho se olharmos para os setores. Há oportunidades no ‘stock pick’, na seleção de ativos. Não vejo uma progressão linear para o Ibovespa, mas um reequilíbrio, a partir de setores atrasados”, acrescenta.

A extinção dos trabalhos do colegiado ocorreu horas depois de o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ler o parecer sobre o tema na comissão mista de deputados e senadores, onde está sendo discutido um texto consensual antes da votação nas duas Casas.

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